Renato Tavares

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segunda-feira, 1 de setembro de 2014

FOCO

Jorge era um jovem que aparentava ter um objetivo definido na vida e saber onde queria chegar.
Porém, ele escutava muito o que as pessoas opinavam sobre sua vida, sobre seu comportamento, sobre o que o faria feliz.
- Não sei, mas acho que esse curso que você está querendo fazer não é o melhor - dizia Lucas, seu "amigo".
- Eu sempre quis fazer esse curso, a vida inteira eu pensava em seguir essa carreira - retrucava Jorge.
- O mercado de trabalho não está bom para essa área.
- O mais importante é ser feliz naquilo que se fazer.
- Como ser feliz se você não encontrar oportunidade de trabalho em sua área, ficará com o bolso vazio.
- É, acho que você tem razão.
Assim, Jorge deixou de fazer o curso que sempre dizia que queria, que era sua vocação, e foi tentar um curso que estivesse mais em alta, cujas expectativas de emprego fossem maiores, cuja remuneração fosse grande.
Tempo depois, Lucas se encontra com Jorge.
 - Nossa! Fiz o curso que você dizia ser sua vocação. Realmente, não há nada melhor que trabalhar nessa área, você trabalha com alegria, a remuneração vem por consequência. Não sei se trabalho ou me divirto.
- E o mercado de trabalho?
- O importante é ser feliz, fazer aquilo que mais agrada, que traz felicidade.
- E a remuneração?
- O mercado sempre está disposto a remunerar melhor aqueles que trabalham melhor.
- Nossa! Até ganho um pouco mais, em meu trabalho (retrucou Jorge), mas o trabalho é cansativo, chato. Se tivesse outra oportunidade, eu mudaria de área, mas tem que ser uma área que paga pelo meus títulos.
- Jorge, o mercado sempre está disposto a remunerar melhor aqueles que trabalham melhor.
Assim, Jorge outra vez deixou de fazer o que aparentava ser sua vocação para dar ouvidos às opiniões alheias. Na verdade, não sabia qual era seu objetivo, não sabia onde queria chegar.

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